McKinley Morganfield nasceu em Rolling Fork, Mississipi, a 4 de abril de 1915, e foi aí que lhe deram a alcunha de Muddy Waters. Aos três anos, com a morte de sua mãe, foi viver com a avó na cidade de Clarksdale, onde cresceu inserido numa região de músicos por excelência, como Charlie Patton, Son House, Tommy Johnson e Robert Johnson. Depois de alguns anos empregado num estábulo, Muddy Waters foi seduzido primeiro pelo som da harmônica aos treze anos de idade, quatro anos depois optava pela guitarra, que não demorou a dominar e a utilizar como uma extensão da sua voz, tal era a perfeição com que tocava. Foi para Chicago em 1943, num período muito difícil devido aos tempos de guerra que se viviam na altura. Empenhado em divulgar o seu blues na cidade, Waters começou a tocar para platéias bem maiores do que àquelas a que estava habituado, e começaram então a surgir as primeiras gravações, algumas das quais nunca chegaram a ser editadas. Viu-se obrigado a arranjar um emprego diurno de chofer de caminhão. As gravações continuavam, agora ao lado do pianista Sunnyland Slim e do baixista Ernest “Big” Crawford, mas o impacto junto ao público teimava em tardar. Foi com o singles “I Can’t Be Satisfied/I Feel Like Going Home”, onde para além da voz soturna que o caracterizava introduziu nos temas o som da guitarra amplificada, que depressa causou grande entusiasmo junto ao público. Durante a década de 1950, Waters tornou mais sólido o sucesso que vivera no final da década anterior e deu continuidade a introdução nas suas composições de novos sons e texturas instrumentais, que influenciou uma série de músicos e bandas, então interessados em explorar as sonoridades do blues. A música de Waters começou então a despertar a curiosidade num público mais jovem. O blues começava a infiltrar-se com outros estilos musicais, o que garantiu até hoje à sua sobrevivência e se o blues teve um filho e ele se chama rock’n’roll muito se deve à Muddy Waters o nascimento desta criança. No ‘programa’ de hoje um passeio pela obra de Muddy Waters que é o mesmo que dizer um passeio pela História do Blues. Ficou demais.
1. “(I’M YOUR) HOOCHIE COOCHIE MAN”, 1954. 2. “ROLLIN’ STONE”, 1948. 3. “FORTY DAYS AND FORTY NIGHTS”, 1956. 4. “COUNTRY BOY”, 1952. 5. “I CAN’T BE SATISFIED”, 1948. 6. “I’M READY”, 1978. 7. “SHORT DRESS WOMAN”, 1964. 8. “MY HOME IS IN THE DELTA”, 1964. 9. “I FEEL SO GOOD”, 1960. 10. “I WANT TO BE LOVED”, 1955. 11. “I’VE GOT MY MOJO WORKING”, 1960. 12. “STILL A FOOL”, 1951. 13. “SUGAR SWEET”, 1955. 14. “DIAMONS AT YOUR FEET”, 1956. 15. “ALL ABOARD”, 1956. 16. “SHE MOVES ME”, 1952. 17. “DON’T GO NO FARTHER”, 1956. 18. “CLOSE TO YOU”, 1958. 19. “LOOK WHAT YOU’VE DONE”, 1960. 20. “JUST TO BE WITH YOU”, 1956. 21. “MY EYES (KEEP ME IN TROUBLE)”, 1955. 22. “YOU CAN’T LOSE WHAT YOU AIN’T NEVER HAD”, 1964. 23. “WALKIN’ THRU THE PARK”, 1958. 24. “CAN’T GET NO GRINDIN’”, 1973. 25. “THE SAME THING”, 1964. 26. “BABY PLEASE DON’T GO”, 1979. 27. “LONG DISTANCE CALL”, 1969. 28. “TOM CAT”, 1968. 29. “I JUST WANT TO MAKE LOVE WITH YOU”, 1968. 30. “MANNISH BOY”, 1968.
Muddy Waters num dia, cartola no outro, antes Caymmi, Robert Johnson, enquanto isso nas rádios música da pior qualidade... isto é que é uma rádio de verdade, parabéns a todos do blog
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Um comentário:
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