Robert Johnson nasceu em 1911, em Hazlehurst, Mississipi, berço do blues americano e é um dos músicos mais influentes do gênero. Compôs apenas 29 músicas registradas por ele em duas sessões de gravação: uma em novembro de 1936 e outra realizada em junho de 1937. Duas delas podem ser ouvidas na abertura do nosso programa de hoje dedicado a obra e ao legado de Robert Johnson. Embora Johnson não tenha inventado o blues, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. É também uma importante referência para a padronização do consagrado formato de 12 compassos para o blues. Em sua curta carreira profissional, de 1936 a 1938, Johnson não conseguiu nenhum grande reconhecimento comercial, tocando apenas em prostíbulos e pequenos bares. Conseguiu, porém, o reconhecimento de outros músicos, tendo recebido ainda em vida o título de “The King of the Delta Blues Singers”. Sua morte em 1938 é rodeada de mistério: Johnson teria bebido whisky envenenado com estrictina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Existem ainda outras versões para a sua morte: que haveria morrido de sífilis, que havia sido assassinado com arma de fogo ou a mais curiosa e provavelmente a que melhor ilustra a lenda Robert Johnson, a de que ele teria morrido uivando e babando como um cão raivoso no corredor do hotel em que ele estava. O mito popular sugere que Johson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississipi, em troca da proeza para tocar guitarra. Daí o status mítico desta última versão. Este mito foi difundido principalmente por Son House, outro grande nome do blues da época, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como “Crossroads Blues” e “Me and the Devil Blues”. Você ouve estas e outras de suas composições na interpretação de grandes nomes do blues e do rock.
Em 1985 foi feito um filme, A Encruzilhada, que toca parcialmente na lenda. No filme o 'karatekid' Ralph Macchio é um jovem músico que conhece num asilo um bluesman que conviveu com Johnson, provavelmente Son House. O velho conta a Macchio que Johnson teria composto 30 músicas e não apenas 29, então ele parte até o Mississipi em busca da última canção de Johnson. Johnson e sua lenda aparece em flashbacks. Vale a pena. O filme ainda tem um duelo de guitarras entre Macchio (claro que não é ele quem está tocando) e o grande Steve Vai.
Finalmente encontro um texto bem escrito e informado por uma das mais importantes figuras do blues, o Robert Johnson! Ele é daqueles músicos que, apesar do génio que indiscutivelmente têm, acabam mal. A minha versão preferida sobre sua morte é a que diz que ele vendeu sua alma ao diabo, em troca da proeza na guitarra. Essa é a versão que me diverte mais. Mas aquela em que eu acredito é a "oficial", do envenenamento! Triste fim! Nesse link você pode ler e ouvir uma matéria sobre os bluesmen principais: http://cotonete.clix.pt/quiosque/especiais/blues/index.asp Eu amei!
Belo texto, bela discussão... quero contribuir sugerindo um livro muito bom que comprei a pouco tempo e ainda estou curtindo, BLUES - DA LAMA A FAMA (ROBERTO MUGGIATI), o capítulo sobre Robert Johnson é bem legal, muito bem escrito. Parabéns pelo Blog!
o reggae que faz a nossa cabeça. Estréia dia 9 de outubro.
alma black
Entregue sua alma ao Soul. Estréia 3 de outubro.
jazz session
Toda a classe do jazz desfila aqui.
feeling
O bom e velho blues em toda a sua graça. Amém. Próximo programa: dia 9 de outubro.
sonzeira
Puta sonzeira do caralho. Não preciso dizer mais nada. Rock de gente grande.
aqui é o meu país
O melhor da música popular brasileira. Os grandes compositores e nossos melhores intérpretes em programas sempre especiais. Próximo programa: Choros, Chorinhos e Chorões, dia 13 de outubro.
moicano
Não curte punk? Quero mais que se foda. Estréia dia 28 de setembro.
som de cinema
A cada sessão uma trilha-sonora em exibição. Estréia dia 27 de setembro.
Bang your head
Todo o peso do metal. Estréia dia 4 de outubro.
acid balance
Quando o jazz se mistura, ninguém se segura. Próximo programa: dia 24 de outubro.
roquenrrou
O rock de quem fala a sua língua. Próximo programa: 22 de outubro.
galeria indie
Parece que todo mundo é indie hoje em dia. O que importa é se a música é boa. Próximo programa: 7 de outubro.
a voz da américa
O melhor da música latino-americana. Próximo programa: dia 20 de outubro.
Jukebox
Papai e mamãe é que sabiam das coisas. O que tocava na balada deles e deixava a vovó de cabelo em pé. "Onde é que esse mundo vai parar?" - perguntava ela vendo o Elvis rebolar. Agora só no dia 19 de outubro.
na cadência do samba
A suprema elegância do samba. Próximo programa: dia 18 de outubro.
electromusic
Música eletrônica não é sinônimo de bate-estaca, aqui o espírito é outro. Para dançar, para relaxar, para curtir. Próximo programa: dia 17 de outubro.
pop do bom
Quem diz que pop é sinônimo de descartável não tem história, não viveu. Todo mundo tem aquela que é só ouvir para se lembrar de algo, de alguém. Próximo programa: 30 de setembro.
instrumental
Como é bom poder tocar um instrumento. Estréia dia 12 de outubro.
mama áfrica
O berço da música, a origem de tudo. Estréia 5 de outubro.
viagem musical
Uma viagem pelos quatro cantos do mundo. Cada programa visitamos um país diferente. Estréia dia 6 de outubro.
4 comentários:
Eis um personagem fascinante! Náo há nenhum filme sobre ele?
Em 1985 foi feito um filme, A Encruzilhada, que toca parcialmente na lenda. No filme o 'karatekid' Ralph Macchio é um jovem músico que conhece num asilo um bluesman que conviveu com Johnson, provavelmente Son House. O velho conta a Macchio que Johnson teria composto 30 músicas e não apenas 29, então ele parte até o Mississipi em busca da última canção de Johnson. Johnson e sua lenda aparece em flashbacks. Vale a pena. O filme ainda tem um duelo de guitarras entre Macchio (claro que não é ele quem está tocando) e o grande Steve Vai.
Finalmente encontro um texto bem escrito e informado por uma das mais importantes figuras do blues, o Robert Johnson! Ele é daqueles músicos que, apesar do génio que indiscutivelmente têm, acabam mal. A minha versão preferida sobre sua morte é a que diz que ele vendeu sua alma ao diabo, em troca da proeza na guitarra. Essa é a versão que me diverte mais. Mas aquela em que eu acredito é a "oficial", do envenenamento! Triste fim! Nesse link você pode ler e ouvir uma matéria sobre os bluesmen principais:
http://cotonete.clix.pt/quiosque/especiais/blues/index.asp
Eu amei!
Belo texto, bela discussão... quero contribuir sugerindo um livro muito bom que comprei a pouco tempo e ainda estou curtindo, BLUES - DA LAMA A FAMA (ROBERTO MUGGIATI), o capítulo sobre Robert Johnson é bem legal, muito bem escrito. Parabéns pelo Blog!
Postar um comentário